A Inteligência Nos Relacionamentos

“Se ao menos conseguíssemos seguir esta instrução – só ser capaz de avançar quando é o momento de avançar -, a nossa vida encontraria o equilíbrio perfeito. Ficaríamos curados da procrastinação e da obsessão, e seríamos forçados a nos levantarmos e sairmos (querendo-o ou não), a entrar na corrente da vida, a ficar à vontade em qualquer tipo de actividade, a fazer o que é necessário quando é necessário, e mantendo sempre o nosso equilíbrio e o nosso centro interior.

O timing é essencial nos relacionamentos, da mesma forma que o é em todos os aspectos da nossa vida. Devemos ter a presença de espírito, o equilíbrio e a ligação intuitiva aos outros que nos permitem saber o que fazer e quando fazê-lo. Devemos saber instintivamente o que é necessário e o que se quer, o que é ditado pelo timing – quando dar alguns passos de aproximação e quando recuar. Sem esta inteligência interior, ou assediamos os outros ou deixamo-los com uma sensação de vazio e de frio. Assim, muitos caminham em círculos sem nunca saberem quando devem parar e estabelecer contacto.

Normalmente, nós não nos apercebemos bem do princípio e do final das coisas. Uma actividade, um relacionamento facilmente passam para o seguinte. Mas também é completamente impossível estar de facto disponível para uma nova relação, estar pronto e presente, sem se ter compreendido que a relação anterior acabou – ou sofreu uma alteração significativa. Alguém que no passado foi um amante, pode ser agora um bom amigo. Alguém com quem convivemos de perto pode, no presente, estar mais afastado. Uma pessoa que começou por ser um conhecimento algo distante pode começar a ter por nós sentimentos mais profundos. Como é que poderemos agir de um modo adequado se não sabemos onde nos encontramos? São muitos aqueles que são perseguidos pelos fantasmas de relacionamentos passados e que não conseguem estar presentes para o que a vida lhes disponibiliza no agora.” – Brenda Shoshanna

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.