“A predisposição para aceitarmos a responsabilidade pela nossa própria vida é a fonte de onde brota o amor-próprio.” – Joan Didion
“o jogo que jogamos
é ao vamos fazer de conta
e fazemos de conta
que não
o fazemos
escolhemos
esquecer
quem somos
e depois
esquecemo-nos
que o esquecemos
quem somos, afinal?
o núcleo
que observa
e dirige as operações
que decide
como tudo
vai ser
o EU SOU
a consciência
esse poderoso
e perfeito
reflexo
do cosmos
mas na nossa tentativa
de lidar com
situações anteriores
escolhemos ou ficamos
hipnotizados numa
posição de passividade
para evitar
castigos
ou a perda de amor
escolhemos negar
a nossa
respons(h)abilidade
fazendo de conta
que as coisas, simplesmente,
acontecem
ou que fomos
controlados
dominados
deitamo-nos abaixo
e habituamo-nos
a esta postura
masoquista
a esta fraqueza
a esta indecisão
quando, na realidade,
somos livres
um centro
de energia cósmica