“Só por hoje, ande com ligeireza. Acolha cada momento com gentileza, com uma plácida certeza, com vulnerabilidade. Quando conduzir para o trabalho, em vez de seguir serpenteando através do trânsito, agarrado ao volante com toda a força, ouça música apaziguadora e respire profundamente; mantenha-se na faixa da direita.
O que aconteceria se fosse viver o seu dia como se já o tivesse vivido? Se já o viveu, então pode deslizar gentilmente através de cada hora à medida que ela se manifesta. Tudo aconteceu já. Não tem de se apressar. Não tem de lutar. Não tem de se fazer valer ou à sua vontade.
Nada tem de controlar.
Tudo o que precisa de fazer é estar presente.
Estou a pedir-lhe – só por hoje – que se renda. Em vez de correr feito barata-tonta pelas horas fora, mova-se suavemente. Em vez de se crispar, flua graciosamente. Faça um esforço consciente para abrandar. Para respirar. Cada parte sua irá querer correr disparada, qual galgo em pista de corrida. Mas o que eu quero que faça é que pare. Entende que correria e precipitação são um desperdício de energia. Imagine-se como um bailarino. Fluido, gracioso, elegante, preciso.
Poderá ter de se render muitas vezes hoje. Poderá ter de se lembrar desta forma de viver a vida como se já tivesse acontecido. A sua mente está acostumada a funcionar a uma velocidade espacial. O próprio mundo em que todos vivemos é concebido para essa velocidade espacial e recompensa-a. Mas cobra um tremendo tributo. Ao voar pela vida fora, fazendo valer a sua vontade, está a violar a sua própria conexão e harmonia. Frenesim gera mais frenesim e serve para o desconectar mais ainda de si próprio.
Conecte-se.
Conecte-se profundamente à nascente dentro de si, a nascente que está sempre, sempre presente, à espera que você lhe aceda. À medida que avança dia fora, tenha paciência consigo. Seja amável para consigo. Este abrandar, esta rendição, é simples – mas não é fácil. Tudo dentro de si quererá mantê-lo atolado no familiar.
Renda-se.
Imagine se pudesse viver a sua vida desta forma – não apenas o dia de hoje mas todo e cada dia.
Tenho novas para si.
Pode.” – Panache Desai