Força Interior

Força Interior

“Buda tinha muito a dizer sobre isto, e ele era um tipo que não falava muito. Atribuía o sofrimento humano a duas causas: aversões e desejos. Quer detestemos algo e a forma como nos faz sentir, que nos impele a afastar-nos, quer gostemos de algo e o desejemos, o que nos faz ansiar ainda mais por isso.

Somos bombardeados o dia inteiro, todos os dias, com publicidade. Tornou-se verdadeiramente uma batalha para as mentes da humanidade. Desde o cartaz da paragem do autocarro até às mensagens de spam que recebemos, as empresas competem a toda a hora pela nossa atenção e pelo nosso dinheiro. Estão por toda a parte e não vão parar. Se baixar a guarda, pode apanhar um desagradável vírus mental (chamado meme).

Sim, do género: «Preciso daquela pick-up, porque os homens a sério conduzem pick-ups imponentes.»

Ou que tal: «Preciso daquela mala, porque ela comprou uma toda gira e agora é o alvo de todas as atenções.»

Ou ainda: «Os meus filhos têm de usar roupa de marca para que os outros pais saibam que também temos classe.»

E a lista continua. Corremos e passamos os dias numa azáfama para ganhar dinheiro. Mas depois gastamo-lo em porcarias de que não precisamos verdadeiramente, segundo as prescrições e «necessidades» que são incutidas nas nossas mentes. Rapidamente ficamos com pouco dinheiro e preocupamo-nos em esticá-lo até ao final de cada mês. É este o sistema em que vivemos. O dinheiro está ligado à sobrevivência. Se o tem, preocupa-se com a hipótese de perdê-lo. E por mais que tenha, nunca é suficiente.

Um Monge Urbano não se preocupa com o estatuto; por isso é livre.

A sua noção de «eu» está construída sobre um alicerce interior forte. Trabalhou a sua respiração e descobriu a sua ligação com todo o universo. Os elogios que as outras pessoas lhe possam fazer não importam. Foi fortalecido pela vida e pela natureza, e a sua exuberância e entusiasmo irradiam do seu interior.” – Pedram Shojai

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