“O mundo é uma loucura. As nossas vidas impelem-nos para um frenesim de pânico. Se não conseguirmos resistir, estamos perdidos. É importante viver no olho do furacão, onde tudo é calmo e o caos não é a lei que impera.
Grande parte da sabedoria dos mosteiros antigos foi preservada durante milénios em centros de excelência – templos, escolas, grutas e academias – que não estão sujeitos aos meandros volúveis do mundo exterior. A nossa função é devolver a paz às nossas cidades e definir o tom de uma vida equilibrada, aqui e agora.
No Ocidente, caímos no falso pressuposto de que a meditação é algo que precisamos de fazer quando já estamos stressados. É como dizer que precisamos de alongar depois de esticarmos um músculo. Sim, talvez ajude, mas já é demasiado tarde.
Eis uma perspectiva que poderá ajudar:
A maior parte das pessoas usa a meditação como um ícone que mantém no Ambiente de Trabalho do seu computador. Quando se sentem stressadas, clicam nele, fazem algumas respirações, sentem-se um bocadinho melhor e regressam às doze janelas que têm abertas, e voltam a cair no caos.
Tente usar a meditação como um sistema operativo.
Isto significa prescrutar constantemente a sua consciência em busca de calma. É capaz de pressentir pensamentos que o tornam reactivo e nervoso, e aprende a deixá-los passar. Não deixa que nada o derrube do seu poleiro.
A mente é reactiva.
Sentimos algo e, depois, ligamos essa experiência com uma memória passada de algo relacionado; se houver uma carga emocional não reconciliada associada a essa memória, sentimos tudo outra vez e começamos a ficar agitados. Esse desconforto torna-nos impacientes e leva-nos a fumar um cigarro, a mudar repentinamente de assunto ou a fazer o que costumamos fazer para evitar aquela sensação horrorosa. O dia inteiro… é isto que fazemos.
O segredo é aprender a manter-se não reactivo. Significa isso viver desapaixonadamente? Claro que não. Viva, ame, ria e aprenda – só não seja um sorvedor de drama. Viva a sua vida com entusiasmo e propósito, e não seja um peão na visão que outra pessoa tem de si. É você que conduz. Melhor ainda, deixe o seu «Eu Mais Elevado» conduzir, e descontraia.” – Pedram Shojai