“- Uma paixoneta, disse você?
– Hum, hum… Faz ideia do que se trata?…
– É a certeza de termos encontrado a pessoa que vai mudar a nossa vida para todo o sempre. Por uma semana. Duas, no máximo.
– E uma paixão – perguntou-lhe…
– Ah! Isso é diferente. São para a eternidade! Mas têm o prazo de validade dos antibióticos. Quando se dá por isso, uma pessoa desapaixona-se. E a pessoa da nossa vida torna-se contraindicada…
– (Sorri…) Mas, depois, há os amores de perdição…
– Todos os amores são de perdição, claro. Mas sim: os amores de perdição são uma paixão em nada diferente das outras. Aquilo que os distingue é que a eternidade não tem prazo de validade.