O Amor Apanha-nos de Surpresa

“- Uma paixoneta, disse você?

– Hum, hum… Faz ideia do que se trata?…

– É a certeza de termos encontrado a pessoa que vai mudar a nossa vida para todo o sempre. Por uma semana. Duas, no máximo.

– E uma paixão – perguntou-lhe…

– Ah! Isso é diferente. São para a eternidade! Mas têm o prazo de validade dos antibióticos. Quando se dá por isso, uma pessoa desapaixona-se. E a pessoa da nossa vida torna-se contraindicada…

– (Sorri…) Mas, depois, há os amores de perdição…

– Todos os amores são de perdição, claro. Mas sim: os amores de perdição são uma paixão em nada diferente das outras. Aquilo que os distingue é que a eternidade não tem prazo de validade.

Mas, afinal, do que é que se fala quando falamos de amor? De um arrepio que só não nos apanha de surpresa quando não é amor.” – Eduardo Sá

Ricardo Babo

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