Reconhecer as Nossas Qualidades

“Pense na última vez que alguém lhe prestou um cumprimento. Talvez tenha sido felicitado por um trabalho bem feito. Ou admirado pela sua aparência. Ou pelo seu bom gosto. Ou pelos seus talentosos filhos. Como se sentiu? Seja honesto. Nesse exacto momento, como se sentiu ao ser-lhe dito algo maravilhoso a seu respeito?

Aceitou-o? Ou esquivou-se? Negou o momento? Não, não, terá porventura dito. Talvez corado. Sentido um aperto no estômago. Em vez de se regozijar num momento encantador, quis – oh, como o quis – que ele rapidamente se fosse.

Você conhece todos os seus defeitos. Conhece todos os seus desafios. Pode enumerar por extenso toda e cada coisa que considera errada a seu respeito. Mas, e a sua glória? E as formas como você – você em particular – brilha? E todos os dons que você – e só você – traz a este mundo?

Não tendemos a pensar em nós próprios em termos do nosso brilhantismo. Mas não temos qualquer problema em assumir toda a nossa apreendida escuridão. Julgamos que isto nos faz humildes. Mas de facto diminui a nossa luz tão seguramente como se fôssemos uma vela a ser apagada. E quando diminuímos essa luz, o mundo fica um pouco mais obscuro. Consegue imaginar o que aconteceria se toda a gente apagasse a sua própria luz? Viveríamos todos em completa escuridão.

Humildade é ter a coragem de abraçar tudo o que você é. Aceitar a plenitude de tudo o que você é. Permitir-se aceitar tudo o que o Divino tem reservado para si. Ser essa vela, ardendo luminosa.

Aqui estou eu.

Isto sou eu.

Isto é tudo o que sou.

Pense na expressão «cheio de si próprio». É considerada pejorativa, certo? Não queremos ser cheios de nós. Mas o que há realmente de errado com isto? Ser cheio de si é ser preenchido de espírito.Esta é, de muitas maneiras, a essência de estarmos aqui, na forma humana.

Quando exibimos um dos nossos talentos, estamos a estender uma mão aos outros para que se juntem a nós nessa posição de beleza e magnificência. Em vez de encontrarmos as pessoas numa posição de mediocridade, estamos a estender um convite para nos encontrarmos numa posição de brilho e luz. A dizer: Estou grato. Estou aqui. Assumo essa parte de mim. Não me diminuirei – pois, fazendo-o, diminuo-te a Ti.

Seja essa vela.

Brilhe luminoso.

A sua luz, desta forma, pode acender a chama de outro.

Ao adormecer, faça-o com um sentido de si como sendo essa vela brilhante e bela. Testemunhe todos os matizes da chama que você é. Todos os cambiantes de luz. Sempre a arder. Jamais vacilando. Desta forma, será capaz de se virar para outra vela e – com força e dignidade – oferecer a sua luz, e dizer: Sim, sou eu, sim.” – Panache Desai

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