Seguir a Nossa Verdadeira Vocação

“As vocações de vida são misteriosas e as pessoas raramente avançam para elas numa linha recta ou sem dúvidas, falsas partidas, crises e erros.

As coisas que parecem maiores e causam apreensão, que se encontram exactamente em frente dos nossos narizes, são algumas vezes as mais difíceis de ver.

Por que é que é tão difícil para os jovens reconhecer e comprometer-se com a sua verdadeira vocação? Quais são algumas das barreiras, e provavelmente passos inevitáveis, ao longo do caminho?

Penso que uma dificuldade é simplesmente que reconhecer e abraçar uma vocação faz subir realmente as apostas na vida. A generalidade das pessoas é assim-assim na maioria das coisas; esse facto é a base para a ideia de que se é mediano. Não há nada errado nisso. Na sua maior parte, as pessoas são estudantes medianos, golfistas medianos, medianos seja o que for.

Na maior parte das esferas da vida, estar na média é suficientemente bom. De facto, há vantagens reais em estar na média. Isso mantém a pressão ausente e as expectativas controladas.

Em termos de verdadeira vocação de alguém, contudo, quem é mediano não se distingue. Se a sua vocação é ser chefe, é claro que ser mediano na cozinha não é suficientemente bom. Nenhum professor comprometido quer ser mediano na sala de aula. Nenhum autor quer ser mediano na página que escreve.

As nossas vocações são os campos nos quais ansiamos sobressair, demarcarmo-nos do grupo. Este anseio é maravilhoso; exalta-nos. Destaca o melhor que há em nós e leva-nos a descobertas e conquistas que podemos legitimamente reclamar como nossas.

Ela também explica por que abraçar uma vocação é tão assustador.

Se, nas muitas facetas de vida nas quais estamos destinados a ser medianos, surgimos um pouco abaixo, que importância tem? Mas se falhamos na coisa pela qual nós próprios nos definimos e na qual esperamos provar que somos especiais, isso é sério.” – Peter Buffett

Ricardo Babo

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