Resistência?

A Que Tanto Resistes e Não Permites Resolver?

Olá Ser Único, Especial e Irrepetível, Resistência e Resolução são polos opostos.

Resistência tem fundamentalmente a ver com a incapacidade, a não vontade, de lidar com as experiências negativas da vida. E, ultimamente, a tua felicidade depende muito mais de lidares com – em vez de deixares de lado – essas experiências negativas, negando-as, reprimindo-as ou lutando contra elas.

Soma-se a isto, claro, os sentimentos de tristeza, ansiedade, raiva e vazio.

Sem o decidires conscientemente, podes até ficar “ligada” a sentimentos que ainda não resolveste, perpetuando e alimentando um ciclo vicioso de sentimentos negativos. Mas se te tornares consciente dos exorbitantes custos de não admitires e enfrentares esses mesmos sentimentos, perceberás que manteres-te “agarrada” a eles não contribui em nada para o teu bem estar.

Muito pelo contrário.

Esse génio que foi Carl Jung, defendeu que “aquilo a resistes, não só persiste mas aumentará de tamanho.” Essa visão está hoje resumida em “Aquilo a que resistes, persiste”, e outras variantes, como, “Tu sempre obténs mais daquilo a que resistes.”

Que significa isto?

A solução paradoxal para algo assim poderia ser; “Para obteres aquilo que queres, quer aquilo que obténs”…ou algo do género…com o significado de que se deve aceitar o que acontece e adaptarmo-nos à nova realidade, o que em parte é verdadeiro e efectivo, mas poderá na maior parte dos casos ser um auto engano, impeditivo do verdadeiro crescimento. 

Então a resistência é um problema?

Tipicamente, quando resistes àquilo que efetivamente constitui a tua realidade, (ou melhor dizendo, o teu subjetivo e possivelmente defeituoso sentido dessa realidade), estarás a evitá-lo, a queixares-te, a gerar rancor, a protestar ou a lutar contra. Sem que te apercebas, a tua preciosa energia, o teu foco, está precisamente concentrado em não ultrapassar o que te opõe, impossibilitando a aceitação da situação. Inconscientemente, o teu impulso a qualquer resistência tende a ser para evitar os aspectos mais dolorosos, ou inquietantes do processo. Estes sentimentos adversos desenvolvem-se geralmente à volta de Medo, Vergonha, Dor ou da sensação desesperante de se estar fora de controle.

Essa resistência toma várias formas e aparece em várias situações, e claro, é assustador voltar a revisitar um trauma passado por resolver, ou não resolúvel, por si só. Isso trará as lembranças dolorosas, emoções complicadas e as sensações físicas desagradáveis que as acompanham. É naturalmente humano, então, querermos conscientemente distanciar-nos dessa memória e não abrir novamente essas feridas, de forma quase masoquista…

Ainda assim, esta postura defensiva perfeitamente aceitável servirá apenas para perpetuar pensamentos e sensações já antigas sobre ti, e muitas delas exageradas, negativas ou distorcidas. Essa resistência vai fazer com que sintas que a tua Vida não avança, comprometendo a tua capacidade de funcionar positivamente e de encontrares soluções no presente.

Ou, por outro lado, impedem-te de aceitar e adaptar àquilo que provavelmente não consegues mudar, pelo menos por ora.

Então, não só desperdiças imensa energia e tempo, tentando deixar de lado ou esquecido, aquilo que sabes estar dentro de ti, pois o esforço é verdadeiramente…fútil. O que não está emocionalmente resolvido não se evapora simplesmente, só porque não lhe prestas atenção!  Fechada dentro de Ti, essa “bola” continua a circular, sem controle, no teu organismo, dando sinal de si de vez em quando, bate às portas da tua percepção, que recusas abrir.

Para que possas deixar essas memórias algum dia sair das jaulas interiores que criaste; e permitires a cura das partes feridas por elas, tu terás mesmo de as deixar… sair. Certo que o ruído dessas jaulas possa ao longo do tempo ter-se tornado menos doloroso, todo o esforço subconsciente, toda essa energia dedicada ao controle dessas jaulas, minou a tua vitalidade e capacidade de viveres totalmente no Presente!

Esse investimento de Energia para manteres algo fora da tua atenção consciente, funciona para bloqueares dores que possas ter dentro, mas embora não as sintas tanto, (nem sintas outras coisas), o teu corpo paga o preço físico, real, desse hábito.

Toda a dor, apesar do grande esforço consciente para a controlar, se fará conhecer eventualmente, em forma de sintomas físicos impossíveis de evitares.

Muito frequentemente é esta a multa que se paga por se tentar escapar a esta necessária Dor, e o preço é muitas vezes elevadíssimo! A resistência a esse confronto aberto com a Dor interna, vai acumulando mais da mesma, e um dia a Dor é demasiada para ser ignorada, e vem com “juros de mora”.

Isto é o que se pode esperar acontecer a longo prazo, com essa resistência ao não confronto com as dores do passado. Curiosamente, dores correntes ou frustrações do dia a dia, não são assim tão diferentes.  Então, se alguém ou alguma situação te cria tristeza, raiva, ou ansiedade, e tu tentas negar ou evitar isso em vez de assumires e lidares com o problema, irás sentir-te diminuida e impotente. Mais uma vez, esses sentimentos não resolvidos irão, mais tarde ou mais cedo, bater à tua porta para serem atendidos! Recusa-te a responderes-lhes, e terás de lidar com as suas chamadas de atenção, de tempos a tempos.

No espectro oposto, se esses sentimentos te deixam obcecada, e te focas exclusivamente neles, à exclusão de tudo o resto, vitimizando-te, esse tipo de resistência também, irá minar e sugar a tua energia e paralizar-te. Ou seja, se não tomas ações positivas para resolver e lidar com as situações, irás fazer o oposto que é vitimizar-te e aumentar o cenário negativo de tudo, piorando toda a situação.

Curioso é que, se não interferires com as emoções, elas vêm e vão! Lembra!

A ilusão da sua permanência é algo fabricado pela tua mente, e se te manténs focado nelas, estarás a intensificá-las e a convidá-las a ficarem onde estão!

Todo estamos sujeitos  a circunstâncias adversas, mas no fim de tudo, é na nossa teimosa resistência a essas circunstâncias que está o nosso mal estar, não nos acontecimentos em si! 

Dilema Auto Imposto? OK, tem Solução?

Ok, podemos sair da tendência de resistir ao que não queremos! Se a não aceitação de aquilo que é é a fonte do teu sofrimento, concordas que faz sentido mudar o ponto de vista, sim?

Será mesmo ilógico aceitar que para se sair da roda de sofrimento humano, é necessário aceitar o mesmo? Buda, pensadores e professores ao longo dos tempos foram destacando e ensinando precisamente isto!

Facilmente seguimos o caminho da culpabilização dos outros pelo nosso sofrimento, mas ao fazermos isso, que é tão natural como respirar, estamos a perpetuar os mesmos sentimentos, e a mesma dor. Existem milhares de livros a falar sobre isto, sabes bem! Mantém o teu ódio por algo ou alguém e jamais te livrarás das sensações que te causam, por estarem dentro de ti. Assume que o que aconteceu, aconteceu, e que agora é tempo de deixar ir tudo embora, para que possas ter espaço para algo novo, algo que te preencha verdadeiramente!

É como perder alguém próximo, especialmente o teu companheiro de vida, uma das maiores dores humanas experienciáveis. Se, conscientemente assumes a dor e a experiencías totalmente, sem te agarrares a ela, num determinado momento ela começará a ficar mais leve e permitir-te-á continuares com a tua vida.

Percebe que tens mais energia quando deixas as coisas fluir!  Se “like attracts like”, embora seja algo não provado científicamente,  isso significa que estarás “abençoada” ou “amaldiçoada” por aquilo em que te focas! Se a tua atenção está de volta daquilo que não queres, apenas atraírás mais disso mesmo PARA TI. Ao devotares toda a tua energia naquilo que consideras tão importante evitares, paradoxalmente estarás a energizar isso mesmo e a dar-lhe poder sobre ti.

Através da atenção mal direcionada, reforças precisamente aquilo que desejas enfraquecer!

Então, foca-te, não no que bloqueia os teus desejos, mas nos próprios desejos, e como irás atingi-los, ou deixá-los de lado. Existem milhares de exemplos da inutilidade de se ir para a guerra com “aquilo que é”.  E poderás comparar com a tua situação de vida, trabalho, saúde, finanças, ou traumas não resolvidos do teu passado.

Em resumo, fixa que para maximizares as tuas possibilidades de obteres aquilo que queres, é inútil e fútil, dedicares o teu tempo e atenção a resistires ÀQUILO que Tu NÃO queres!

Pelo contrário, o que é preciso é Tu recolocares a tua Energia, atenção e foco, naquilo que FAZES e planear com consciência uma forma de lá chegar!

. . . De outro modo…infelizmente, ter-te-ás tornado parte do problema, em vez da tão desejada solução.

Conhece-te, para poderes Confiar e então Conquistar!

Vem Criar a Tua Melhor Versão!

William Duarte Maurício

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