Tentamos libertar-nos de um fardo

“Tentamos libertar-nos de um fardo – o fardo de uma perspectiva estreita provocada pelo apego, pela agressividade, pela ignorância e pelo medo. Somos sobrecarregados pelas pessoas com quem vivemos, pelas situações do dia-a-dia e, acima de tudo, pela nossa própria personalidade.

Através da prática, apercebemo-nos de que não temos de obscurecer a alegria e a abertura presentes em cada momento da nossa existência. Podemos despertar para a bondade básica, que é nosso direito de nascimento. Quando somos capazes de o fazer, deixamos de nos sentir sobrecarregados pela depressão, pela preocupação ou pelo ressentimento. A vida parece espaçosa, tal como o céu e o mar. Há espaço para descontrair, respirar e nadar; para nadar tão longe que deixamos de ter a margem como ponto de referência.

Como lidamos com a sensação de transportar um fardo? Como aprendemos a relacionar-nos com o que parece erguer-se entre nós e a felicidade que merecemos? Como aprendemos a descontrair e a conectar-nos com a alegria fundamental?

Os tempos são difíceis ao nível global; despertar deixou de ser um luxo ou um ideal. Começa a tornar-se uma necessidade premente. Não precisamos de acrescentar mais depressão, mais desencorajamento ou mais ao que já existe. Começa a tornar-se essencial aprendermos a relacionar-nos de uma maneira saudável com os tempos difíceis. A Terra parece estar a impelir-nos a conectar-nos com a alegria e a descobrirmos a nossa essência interior. É essa a melhor maneira de podermos beneficiar os outros.” – Pema Chödrön

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