“Tantas vezes vivemos a nossa vida para os outros. Cuidamos das nossas famílias. Apoiamos os nossos maridos e mulheres. Criamos os nossos filhos. Estamos presentes para os nossos amigos. Levamos comida quando os nossos vizinhos estão doentes. Voluntariamo-nos no nosso centro de abrigo local. Fazemos donativos à Cruz Vermelha.
Mas onde estamos nós em tudo isto? Onde está todo esse copioso, magnificente amor quando se trata dos nossos eus privados?
Esta coisa chamada amor revela-se de tantas diferentes formas. Somos bons a amar partes de nós próprios – mas não tão bons a amar tudo o que somos. Abraçamos as nossas melhores qualidades e fechamos os olhos ao que consideramos ser o pior. A nossa vergonha. A nossa raiva. A nossa dor. O nosso pesar. E daí a mesquinhez. Somos mesquinhos connosco próprios de uma forma como nunca seríamos com os nossos entes mais queridos. Imagine o modo como uma mãe cuida do seu bebé recém-nascido. Consegue imaginar-se a tratar-se a si próprio com tal desvelo, generosidade e reverência? Tal compaixão e amabilidade?
Eis algumas questões cruciais: Estamos a alimentar-nos? Com quem nos estamos a rodear? Como escolhemos apresentar-nos em cada momento? Qual é o tom da nossa voz interior? Será ela um professor zangado? Ou uma benevolente presença?
Só por hoje, foque-se na maneira como se ama a si próprio. Não é uma tarefa egoísta. Pelo contrário: é a maior dádiva que pode oferecer a todos na sua vida. Quanto mais preenchido de amor estiver, mais disponível poderá estar para todos à sua volta de uma forma ampla e graciosa.
Só por hoje, saiba que merece o seu próprio amor.
Encha-se como se fosse a mais bela taça de porcelana.
Encha-se até mais não deste amor. Não há fim para ele.” – Panache Desai