Se sentes o vazio, não estás só.
Muitos de nós sentimos esse vazio de maneiras diferentes, e tomar consciência desse facto é fulcral para o ultrapassarmos.
Por exemplo, podes senti-lo porque está a faltar algo na tua vida, ou o vazio pode surgir do “abandonar-nos lentamente, não ouvir as nossas próprias esperanças e desejos, passarmos ao lado da vida”…
Podes sentir que foste abandonada no Amor, e o vazio substituiu o sentimento de amar…ou
Podes abandonar-te sem intenção ou inconscientemente, porque estás a esforçar-te demais para obter perfeição ou a aprovação dos outros. Podes parar de cuidar de ti mesmo enquanto te concentras na tua carreira. Por exemplo, podes parar de mover o teu corpo ou de dormir o suficiente.
Abandonar-mo-nos pode desencadear ansiedade, depressão, culpa e vergonha…
Muitos clientes descrevem regularmente sentirem-se insensíveis ou sozinhos. Eles referem que o trabalho é insatisfatório, que não se sentem realizados, que os seus relacionamentos não são satisfatórios e que pouco ou nada é excitante ou valioso na sua vida.
Muitos que lutam contra a depressão relatam sentir-se vazios (em vez de tristes). Esse tipo de sentimento de vazio vem com o não se importar com quase nada, não estar interessado em coisas, não sentir entusiasmo ou motivação por nada em particular.
Se estás a sentir esse vazio, ver um terapeuta pode ajudar-te. (É particularmente importante obter um diagnóstico de depressão se já te sentes assim há algum tempo.)
Como lidamos com o vazio depende muito daquilo que o está a causar. É fulcral afastares-te dos teus pensamentos e começares a agir e fazer coisas!
Aqui estão algumas sugestões.
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Gentilmente reconhece o vazio.
Se estás a sentir um vazio que é mais como um buraco, reconhece isso e sê gentil contigo .
Não te surpreendas por te sentires assim. Não descartes ou mudes os teus sentimentos.
Se esse vazio é por causa da morte de um ente querido, não fiques zangada contigo mesmo pelo luto anos depois. É angustiante perder um ente querido, e embora a sensação de perda se transforme ao longo do tempo, nunca desaparece, apenas desvanece …
Assim, aprendemos a viver a vida ao lado desse buraco, ou seja com o buraco e não no buraco.
Às vezes, o buraco forma-se porque enquanto crescíamos o Amor passou-nos ao lado. Isto não significa que não tenhas tido uma família amorosa. Por vezes, são alguns tipos de amor ou carinho que podem ter sido perdidos, e então tornam-se um um pouco difíceis de experienciar e viver.
Por essa razão, contigo com compaixão.
Por exemplo, podes dizer: “É difícil sentir-me tão solitária” ou “Tu tens razão; precisavas de mais amor”, como o farias a uma pessoa que estimas.
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Passa tempo contigo mesmo todos os dias.
Resiste ao desejo de te voltares para o mundo exterior para encontrares preenchimento, equilíbrio, satisfação, aprovação. . Em vez de tentar preencher o vazio com compras, álcool, TV, jogos, redes sociais, ou qualquer outra coisa, olha para dentro de ti e passa tempo contigo.
Cria um tempo teu para explorares os teus próprios desejos, medos, esperança e sonhos. Isso vai ajudar-te a criares mais significado na tua vida diária e no teu futuro.
Como diferentes atividades funcionam para pessoas diferentes, tu poderás descobrir que a meditação, a escrita ou o exercício físico, entre outros, te conduzirão a focares-te, novamente ,em ti e na tua vida.
Irá ser desconfortável no início, mas quanto mais tempo e energia dedicares a cuidar de ti mesmo, menos presentes aqueles sentimentos vazios estarão, prometo.
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Explora os teus sentimentos atuais.
Que tal cronometrares cinco minutos e perceberes quais os teus sentimentos agora?
Será que estás “entediada”, “distraída” ou “curiosa”? E como se expressa esse sentimento no teu corpo? Se tiveres dificuldade em nomear os teus sentimentos, podes sempre pesquisar “sentimentos” no Google.
Outra boa ideia pode ser escolheres uma parte do corpo, como a mão ou a cabeça, e procurar várias categorias de sensação, como temperatura, tensão ou movimento, e depois escrevê-la no papel.
À medida que praticares estes curtos momentos de “permissão” de sentimentos, irás gradualmente ampliar a tua janela de tolerância para incluíres sentimentos maiores e por períodos mais longos.
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Explora os teus sentimentos de vazio.
As questões que se seguem permitem-nos “navegar” nos sentimentos. E podemos fazer isso enquanto escrevemos, passeamos ou bebemos uma chávena de chá.
Eu tenho-me julgado ou comparado a outros?
Eu digo a mim mesma coisas positivas?
Ou eu reparo nas falhas e chamo-me de feia ou estúpida?
Estão os meus sentimentos a ser considerados nos meus relacionamentos ou eu estou a minimizar o que estou a sentir?
Estou a cuidar ativamente das minhas necessidades físicas, emocionais e de saúde?
Eu voltei-me para certos comportamentos ou vícios para evitar os meus sentimentos?
Eu estou focada apenas nas necessidades de outra pessoa ou pessoas?
O que estou a tentar provar ou ganhar?
Eu estou a culpar-me ou a sentir culpa por coisas que estão fora do meu controle?
Estou a mostrar compaixão comigo, como faria com um amigo próximo ou membro da família?
Eu estou a ser assertiva nas minhas decisões e respeito as minhas opiniões pessoais?
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Elogia-te.
Lembra-te que enquanto crianças, alguns de nós usámos a falta de sentimentos para nos proteger da sensação de opressão exterior. Assim, dá a ti mesmo crédito por teres conseguido uma solução que funcionou no passado, especialmente quando eras pequena e impotente .
No presente, leva o tempo necessário para deixares entrar os teus sentimentos. Percebe e aceita que tens trabalho interior para fazer. E não precisas de apressar a transformação do teu antigo modo de sobrevivência.
O sentimento de vazio pode levar a pensamentos angustiantes, como “ a vida não vale a pena ser vivida ”ou “ não há esperança ”. Mais uma vez lembra-te que as terapias ou o Coaching ( diferentes técnicas e tempo para conseguir resultados visíveis, mas ambas válidas e recomendadas) podem ajudar. Elas vão ajudar-te a explorar as causas subjacentes aos teus sentimentos e capacitar-te para tomares as tuas próprias decisões sobre como implementar mudanças positivas.
É importante reconheceres e aceitares os teus sentimentos de vazio.
É importante ser auto-compassiva.
Quer estejas a ter relacionamentos difíceis, perdas ou a sentir falta de algum propósito ou de algum significado, tu és digna e merecedora de viver uma vida plena e significativa.
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Ah, ouve isto…